A presidente Dilma Rousseff se pronunciou em rede nacional por conta do Dia Internacional da Mulher neste domingo (8) e aproveitou para defender o ajuste fiscal feito pelo seu governo e afirmar que o país só deve melhorar a partir do final do ano. Ela disse que o governo usa “armas diferentes e mais duras” das utilizadas na crise de 2008 e afirmou que todos terão que fazer “sacrifícios temporários” nesta época.

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Dilma durante fala na TV (Foto: Reprodução)

Mesmo assim, Dilma insistiu que a crise “nem de longe” é tão grave quanto “dizem alguns”. “Este processo (de ajuste) vai durar o tempo que for necessário para reequilibrar a nossa economia”, afirmou, prevendo os primeiros resultados “já no final do segundo semestre”. Dilma declarou que “a carga negativa”, até agora absorvida pelo governo, agora será dividida “em todos os setores da sociedade”.

De acordo com a presidente, o país está agora na segunda etapa do combate à “mais grave crise internacional desde a Grande Depressão de 1929”. Nesta fase, “estamos tendo que usar armas diferentes e mais duras daquelas que usamos no primeiro momento”.

“Entre muitos efeitos graves, esta seca tem trazido aumentos temporários no custo da energia e de alguns alimentos. Tudo isso, eu sei, traz reflexos na sua vida. Você tem todo direito de se irritar e de se preocupar. Mas lhe peço paciência e compreensão porque esta situação é passageira”, declarou. Segundo ela, o Brasil tem condições de vencer os “problemas temporários”.

Crise internacional
A presidente destacou que há uma crise internacional em todo mundo. “A crise afetou severamente grandes economias, como os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão. Até mesmo a China, a economia mais dinâmica do planeta, reduziu seu crescimento à metade de suas médias históricas recentes. Alguns países estão conseguindo se recuperar mais cedo. O Brasil, que foi um dos países que melhor reagiu em um primeiro momento, está agora implantando as bases para enfrentar a crise e dar um novo salto no seu desenvolvimento.”

Dilma afirmou que o governo federal “absorveu” até agora o pior impacto da crise mundial. “Absorvemos a carga negativa até onde podíamos e agora temos que dividir parte deste esforço com todos os setores da sociedade.”

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