Antes de tudo, CALOTE é um débito contraído por um serviço ou bem adquirido e que não foi pago. O que não aconteceu!

A saúde pública do município de Jaguarari, sempre foi prioridade do Governo “Uma Cidade Para Todos”. Durante a minha gestão sempre existiu uma equipe competente e um gestor com total responsabilidade com o dinheiro do povo e preocupado com o bem estar e saúde de todos, fato que pode ser facilmente constatado observando as inúmeras ações, mutirões de atendimento e obras realizadas como a entrega de quatro PSF’s, a construção do Centro de Acolhimento Covid-19, a reforma, ampliação e construção do centro cirúrgico do Hospital Municipal de Jaguarari e os modernos equipamentos adquiridos para oferecer um atendimento de qualidade à população.

Por falar em Covid, desde o inicio da pandemia promovemos ações que foram destaque no estado da Bahia. Fomos à primeira cidade da região a realizar testagem rápida na população. Promovemos inúmeras reuniões com representantes do comércio, sociedade civil, profissionais de saúde para juntos elaborarmos os mais de 50 decretos municipais com medidas que controlaram com eficiência a propagação do vírus no município.

A área da saúde durante toda a minha gestão foi tratada com carinho e responsabilidade, e a cada dia que passa com essa atual gestão de faz de conta, a população tem a certeza que nunca a saúde pública de Jaguarari foi levada tão a sério como durante os anos em que estive a frente do município. Falo isso não para me gabar, mas pelos constantes gritos de socorro e indignação que a população vem dando nas mídias e redes sociais pela falta de serviços básicos.

Venho por meio desta, repudiar veementemente a mais uma nota da ASCOM da prefeitura de Jaguarari, a qual por falta de ações do atual governo para divulgar, prefere produzir textinhos irresponsáveis e sem averiguar a veracidade os fatos narrados. Eu como ex-prefeito, citado nesta nota me sinto na obrigação de repudiar e esclarecer tal nota sobre “dívidas deixadas na Policlínica de Senhor do Bonfim”.

No contrato assinado para que o município de Jaguarari fizesse parte desse consórcio da Policlínica, havia um valor fixo mensal que correspondia a uma cota de exames, consultas e procedimentos que a população do município teria direito a fazer por mês, onde cada procedimento era especificado o custo que o município estaria pagando.

Quando estive no exercício do cargo de prefeito do município, tinha a obrigação de defender o recurso público que pertence à população de Jaguarari e de forma alguma iria pagar por um exame de tomografia que o nosso povo não havia realizado, já que os tomógrafos estavam quebrados, passando meses sem funcionar.

De forma alguma iria pagar por exames que não estavam sendo oferecidos, por especialidades que não estavam contratadas pela entidade, por cotas não respeitadas e por várias outras situações que eram expostas em reuniões com diretorias e prefeitos consorciados da Policlínica de Senhor do Bonfim. Por fim, jamais usaria o dinheiro do povo de Jaguarari durante os meses em que a Policlínica “a pedido do governo do estado” ficou sem oferecer nenhum serviço ao nosso povo.

A prefeitura de Jaguarari sempre efetuou mensalmente o pagamento dos valores correspondentes aos serviços realizados à população de Jaguarari pela Policlínica. Por tanto, isso não é calote, é responsabilidade com o dinheiro publico! Por esta razão posso afirmar que o município não deve nada a policlínica, por esta razão não ficou nenhuma nota em restos a pagar.

Se a gestão atual tivesse o cuidado e a responsabilidade de verificar atentamente os relatórios das cotas não respeitadas pela entidade e meses em que ficaram sem oferecer os procedimentos à nossa população, o que mostra o descumprimento do que rezava em contrato, talvez a ASCOM não perdesse tempo fazendo uma nota estapafúrdia como essa alegando calote e o prefeito atual pouparia seu tempo em mostrar em sua fala na nota que a sua preocupação não é com os serviços prestados a nossa população, muito menos com a responsabilidade com o dinheiro do povo, e sim em apoiar financeiramente uma entidade que foi implantada pelo governo estadual.

Ratifico que é obrigação de qualquer governante aplicar bem o recurso público, defender o seu município e sua população, honrando com suas responsabilidades, como eu fiz! Mas se o atual gestor decidir pagar, com o dinheiro do povo, por serviço que a população de Jaguarari não recebeu, lamento pela população de Jaguarari e ele que arque com as consequências.

Seria justo a Policlínica de Senhor do Bonfim receber recursos do povo de Jaguarari por serviços que não foram prestados?

Atenciosamente

Everton Carvalho Rocha
Ex-prefeito de Jaguarari

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