UTI na UTI, essa é a triste realidade hoje no Hospital Dom Antônio Monteiro.

Salários atrasados, profissionais não gabaritados para trabalhar no setor, e um verdadeiro caos mostram o descaso com a saúde pública na ala de UTIs do hospital.

Documento publicado por profissionais da área de saúde, apresenta um relato surreal.

No comunicado a triste narrativa: Algo gravíssimo aconteceu no último dia 18 de dezembro quando não havia plantonista na UTI Covid das 7 às 15 hs, com pacientes em IOT, DVA, sem acesso venoso nenhum, em situação crítica nas mãos somente da enfermagem. Haviam vários pacientes internados naquele momento. Até a Polícia foi acionada, na ocasião.

Em outro trecho do documento, mais detalhes assustadores:

O NIR Núcleo Interno de Regulação, não existe mais, os médicos responsáveis por essa importante função, que regula a aceitação e negação aos pacientes, se desligaram, ficando a cargo de outras pessoas que desconhecem o fluxo da alta complexidade regional.

A situação é grave. O documento ainda registra que médicos totalmente inexperientes teriam sido contratados para ocupar as vagas dos médicos especialistas e essa substituição conforme relatos, de alguns funcionários, gerou prejuízos gravíssimos como, por exemplo, pacientes sem acesso venoso porque não há periférico viável e o plantonista, pasmem, não sabe passar acesso venoso central.

Pacientes com indicação de IOT(intubação orototraqueal) onde o médico teria relatado não saber intubar, médico sem saber manejar DVA(drogas vasoativas) e sedativos.

Enfim, um caso de Polícia.

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