Motim foi controlado no início da manhã deste domingo, 15, por policiais militares e agentes penitenciários. Corpos foram levados para identificação.

Ao menos 26 detentos morreram na rebelião da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, considerado o motim mais violento da história do Rio Grande do Norte. O número de mortos foi confirmado pelo secretário de Segurança e Defesa Social do RN, Caio César Bezerra, no início da noite deste domingo. Segundo as informações da secretaria, 24 detentos foram decapitados e dois, carbonizados. A rebelião, que teve início no sábado, foi controlada no início da manhã deste domingo por policiais militares e agentes penitenciários.

Mais cedo, o governo do estado havia divulgado o número de 27 presos mortos, mas, depois, afirmou que um deles havia sido contado duas vezes – alguns detentos foram esquartejados e outros carbonizados, dificultando o levantamento dos peritos. Os corpos foram recolhidos em um caminhão frigorífico alugado e levados ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) do Rio do Grande do Norte para que seja feita a identificação, que deve começar na segunda-feira com o apoio de legistas do Ceará e da Paraíba, que vão ajudar no trabalho. O caminhão passará a noite no quartel da Polícia Militar, por questões de segurança.

Em entrevista coletiva na noite deste domingo, o secretário de Justiça, Walber Virgolino Ferreira da Silva afirmou que na segunda-feira haverá nova busca por corpos no presídio – há boatos de que haveria mais detentos mortos nas fossas do local, informação que o secretário não acredita que se confirme. Pelo menos seis homens, pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram identificados como os responsáveis pela rebelião que destruiu parcialmente a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e o Pavilhão Rogério Coutinho Madruga. De acordo com Virgolino, os líderes identificados estão isolados e devem ser transferidos para outras unidades do estado. Segundo a secretaria, o governo deve pedir a transferência dos líderes para presídios federais com a meta de enfraquecer possíveis reações dos detentos e separar duas facções, Sindicato do Crime e PCC.

Durante a entrevista, Bezerra afirmou que haverá reforço nas guaritas e nos arredores do presídio durante a noite com o objetivo de evitar fugas. Na segunda-feira, uma nova revista na unidade será feita, para buscar armas. Após a rebelião foram foram encontradas armas de fogo artesanais, afirmou o secretário.

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