Ontem (08), em seu perfil pessoal no Facebook, o Chefe de Gabinete do município de Senhor do Bonfim, André Miranda, respondeu o texto escrito pelo ex-gestor Paulo Machado que criticou o discurso do prefeito Dr. Correia no dia 7 de Setembro. Leia:

“Professor Paulo Machado,

Refleti um pouco se responderia ou não o seu último texto, já que o senhor escreveu duas breves linhas sobre minha pessoa. Antecipo que fiquei muito lisonjeado com seu reconhecimento sobre meu trabalho. Isso muito me anima para continuar seguindo em frente sabendo que estou no caminho certo.

Com todo o respeito que temos um pelo outro discordo do seu texto.

O senhor foi precipitado e deveria ter ouvido melhor o discurso de Dr. Correia.

O discurso do Prefeito não foi feio nem de péssimo gosto. Foi o discurso de um homem cansado de ser chamado de corrupto e de ladrão. O discurso foi de um homem, de um pai de família, de um pagador de impostos, de um ser humano cansado de ser execrado, achacado, amaldiçoado, abominado, detestado, odiado, excomungado, desadorado e renegado por pessoas que de santas nada tem.

Eu me pergunto: Por quê? Por que não aceita esquemas? Por que não favorece fulano ou beltrano? Por que não empregou todos que queriam (e precisam) de empregos na Prefeitura?

Pessoas que, na onda do achismo e muitas vezes sem saber os reais motivos, jogam pedras e condenam, esquecendo-se estas, que todos cometem erros. Ele errou. E erra. O senhor errou e erra. Eu errei. E eu erro MUITO. Quem somos nós para falarmos dos erros uns dos outros?

É preciso entender que a fila anda, que o mundo gira e tudo muda. Eu estou cansado desse joguinho político de pessoas que não tem moral para falar da integridade deste cidadão que a mais de 40 anos fez (e faz) o bem a centenas de famílias que necessitam dos seus serviços como médico sem dia nem hora, para atender quem quer que seja e sem cobrar um único real. Ele não é um homem que vive sorrindo, que dá tapinha nas costas, que abraça muito, mas é um homem excepcional.

Vivemos hoje em nossa cidade, uma politicagem barata e vil, movida por interesses próprios, com discursos cansados de um futuro sem passado, utópico e surreal.

Realmente o senhor acertou ao dizer que eu, enquanto chefe de gabinete e assessor de comunicação do município não aconselharia nem autorizaria o discurso dele. Ele não pensa como eu. E, quiçá se fosse eu o palestrante, diria coisa muito pior. Não sei. Não sou eu o execrado. Não foi comigo. Não sinto essa dor.

Em momento algum, ao ouvir e ler por diversas vezes o discurso do prefeito, percebi que ele dirigiu as palavras para atacar o senhor. Ao contrário. Triste por ter sido parado pelas criaturas divinas que ele mais ama (não vamos esquecer que ele é Pediatra), ao ser perguntado: “Dr. Correia, ta roubando nosso dinheiro?”, sentiu fundo em sua alma a necessidade de dizer ao pequenino e à todos os presentes que não é um homem descumpridor de seus compromissos morais e financeiros, sejam eles como cidadão ou como gestor do município. Então não. O discurso não foi direcionado ao senhor como assim achas. Mas foi, para todos aqueles que NUNCA buscaram nada de bom para o povo de Bonfim além de tentar se favorecer de alguma forma. São pessoas sem moral, que tem histórias conhecidas por todos (não vamos esquecer que moramos em uma cidade onde todos sabem quem é quem e quem faz o quê) e que são os primeiros a tentar denegrir a imagem deste homem do bem.

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. – Mateus 11:28-30

Quem bem sabe o que eu digo é o senhor.

Ele também não confundiu temas. Ele externou uma pergunta que vem sendo feita a todo instante. Se ele disse que ainda não decidiu se será candidato à reeleição, que mal há nisso? O momento era de Democracia. Democracia faz parte da arte do diálogo.

O “surrado discurso de não ter dinheiro” vem a tona todas às vezes que o senhor, que deixou de cumprir com diversas obrigações ainda em seu mandato e ao final dele, coloca em cheque as finanças do município.

Sobre o “usando um microfone e um som pagos com o dinheiro público” o senhor deveria ter ido na inauguração da SETAF realizada pelo Governo do Estado da Bahia, para ouvir seu candidato fazer política e falar de corrupção e do PT usando um microfone e um som também pagos com o dinheiro público. Aliás, o Secretário representante do Governo Estadual também assim o fez. Contou toda aquela velha ladainha de que o Brasil “foi descoberto” por Lula e pelo PT.

O que eu realmente acho? Que Deus sabe o que faz. Pare para analisar, no fundo de sua alma, já que o senhor é um homem que reflete bastante sobre as leis dos céus e seus designios, se tivesses sido reeleito, sua situação seria diferente? Com o caos financeiro que se instalou em nossa região, em nosso estado e em nosso país eu acho que não. Com algumas decisões erradas que o senhor tomou em seu governo com certeza uma hora iria pipocar. E pipocou… Nas mãos do Dr. Correia.

Sobre discursar de forma mais eficaz e bonita, poucos são aqueles que tem o seu dom. O senhor deveria usar esse mesmo dom para reavaliar seu texto extremamente rancoroso, insensato, egoísta e de um egocentrismo que o prejudica por demais em determinados pensamentos.

O senhor também é um homem do bem. Tem princípios, tem seus motivos e suas razões. Coloque-se no lugar dele. Não terias feito o mesmo se fosse chamado de ladrão todo o tempo?

Entenda de uma vez por todas que ninguém tem nada contra o senhor. O que Dr. Correia falou ao discursar nada mais foi do que a notável Terceira Lei de Newton, que é a mais certa Lei da Ciência onde, 24 horas por dia, 7 dias por semana, se aplica a lei dos homens.

Agora eu fico pensando: Se sua reação foi tamanha ao achar que o discurso foi em sua intenção, imagino o que o senhor não dirá quando ele responder sobre os tais 8 milhões que o governo dele recebeu a mais que o senhor. E a resposta vai ser breve.

No mais, eu continuo dizendo que estimo muito sua pessoa e sua inteligência, o seu dom de escrita e oratória. E queria muito, discutir mais com o senhor, sobre o futuro de nossa cidade, mas não por aqui.

Grande abraço e fique com Deus.”

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