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O delegado da Polícia Federal Amaro Guimarães recebeu a imprensa regional na manhã desta terça-feira (29) oportunidade em que concedeu entrevista coletiva sobre a Operação na prefeitura de Petrolina para investigar possíveis irregularidades na realização do São João do Vale.

Segundo o delegado a operação teve início às 6h desta terça-feira (29) para apurar desvio de recursos públicos na realização do São João do Vale com equipes distribuídas nas cidades de Petrolina, Salgueiro em Pernambuco, e Juazeiro e Campo Formoso na Bahia. “Quero explicar, no entanto, que diferente do que divulgou o G1-PE, a única prefeitura investigada é a da cidade de Petrolina. As cidades de Juazeiro, Salgueiro e Campo Formoso foram arroladas na investigação em razão de abrigarem as sedes das empresas que contrataram os artistas nos anos de 2012 e 2013”, explicou Amaro Guimarães. Segundo a PF, a operação conta com a participação de aproximadamente 40 policiais federais.

Ainda de acordo com o delegado foram expedidos pela 17ª Vara da Justiça Federal em Petrolina nove mandados de busca e apreensão, sendo 1 em Salgueiro, 2 em Campo Formoso, 5 em Petrolina e 1 em Juazeiro, incluindo as buscas na sede da Prefeitura Municipal de Petrolina, especificamente na Secretaria Municipal de Finanças e na Coordenação Geral de Licitações, Contratos e Convênios.

O delegado Amaro citou que as empresas Carcará (Juazeiro), Assessoria, Promoções e Eventos (Petrolina), JI Barros (Petrolina) e ME Produções Artísticas (Campo Formoso) não tinham contrato de exclusividade para contratação de artistas e consequentemente adquirir os shows em nome da prefeitura municipal. O delegado explicou que as fraudes possuíam duas vertentes: a primeira para contratação irregular de empresas para locação e montagem de estruturas, mediante direcionamento de licitações, superfaturamento de preços, montagem de estruturas fora das especificações do plano de trabalho e renovações irregular de contratos.

A segunda fraude consistia na contratação irregular de empresas para intermediar acordos com artistas e bandas, sem contratos de exclusividade, mediante o direcionamento de licitações públicas e com superfaturamento. Nesse aspecto, Amaro Guimarães, citou os nomes de prováveis envolvidos na fraude: Ex-Secretário de Coordenação e Licitações, Mário Ferreira Cavalcante; Ex-Secretária de Turismo, Nadja Batista; o atual secretário de Turismo, Iuric Pires Martins e o Secretário de Finanças, Júlio Lossio Filho. O delegado disse que “o prefeito Julio Lossio ainda não é alvo de investigação porque se houvesse indício, por ter fórum privilegiado, o inquérito deveria ser enviado para o TRE da 1ª Região”.

Fonte: Informações de Geraldo José e http://zecarlosborges.blogspot.com.br/
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