nota esclarecimento

Carta aberta ao senhor Prefeito
Caro Senhor Prefeito,
 
 
Nos últimos 8 dias, eu, Serginho Teixeira, Mauro Coelho e Arnaldo Martins, um nosso campeão baiano de montain bike, resolvemos subir a serra da jacobina na busca das nascentes e córregos que formam o rio da prata e rio do aipim, além do grunga.
 
Nas observações observamos:
 
a – Grunga
A nascente do grunga continua em atividade, embora haja grande devastação da sua área de matas, o que já acontece com obstrução do fluxo normal da água, alem da erosão que, fatalmente, ira matar aquele manancial, Seria de bom tom sabermos quem são os atuais proprietários daquelas áreas de terras e sabermos a cadeia sucessória de toda a área,o que, na minha visão de criança da época, acho que exista muita invasão. Aquilo transformou-se em terra de ninguém.
Ao falar do grunga, temos que citar também da Suíça, antiga fazenda de Álvaro Viana e que tinha uma represa que abastecia a cidade, quando necessário.
Sabemos que aquele espaço esta com ocupação de sem-terra e que a barragem está quebrada. Em medição ao fluxo de água, na nascente, fizemos uma medição de 50 litros por minuto, o que é uma vazão razoável para quem não tem nada. desta forma sugiro que a barragem da suíça seja reformada e haja limpeza das áreas degradadas, da nascente à barragem.
 
b -Aipim
Percorrendo a serra dos apertados, observamos total degradação da área e as nascentes ( 2 ) que dão origem ao rio do aipim estão sem nenhum fluxo de água. Na barragem verificamos um grau de asseoramento muito grande, além de sujeiras trazidas pelas águas novas das chuvas.
Em verdade, as entidades responsáveis pelos recursos hídricos deveriam estar atentos e, principalmente a EMBASA, trabalhando para a limpeza e aumento da retenção de água na barragem.
A água lá existente está enlameada e deverá ser cortada para o atendimento a Senhor do Bonfim, nos próximos dias.
DIGA-SE ESTA É UMA QUESTÃO DE URGÊNCIA.
c – Prata
A serra da gruta da gia e do gado bravo, formam o rio da prata em conjunto com outros riachos. A bem da verdade as nascentes estão sem água e todo o percurso dos córregos encontram-se bloqueadas para servir a poucos vizinhos com água encanada e matando o fluxo.
A água já não seja a represa e esta recebe uns poucos litros da barragem do aipim.Neste ponto, fizemos um calculo rápido sobre o potencial da represa e achamos o seguinte:
01 – Cumprimento da área alagada = 400 metros
02 – Largura média da barragem = 100 metros
03 – Profundidade média = 2 metros
Neste cálculo temos: 400 x 100 x 2 = 80.000 ( oitenta mil ) metros cúbicos de agua
Entendendo que o volume máximo aproveitável seja de 75%, teremos o máximo de 60.000 metros cúbicos de água.
Em dados não precisos, supomos que 60.000 ( sessenta mil ) pessoas sejam beneficiários destas águas, que formam 15.000 ( quinze mil ) famílias.
Se cada família, em rítimo de economia, gastar 1 metro cúbico por semana, teríamos o máximo de 4 semanas com abastecimento de água. INFELIZMENTE ESTA É A NOSSA REALIDADE.
No contexto acima, tudo o que vimos de ações da EMBASA, foi a perfuração de poços artesianos no leito seco dos rios, o que, no nosso entendimento é muito pouco.
Nunca precisamos tanto das entidades responsáveis pelos recursos hídricos na Bahia, personificadas pela EMBASA, IBAMA e ANA ( Agencia Nacional de Águas ).
Ficam aqui a nossa mensagem, ainda que de preocupação, ao mesmo tempo em que imploramos conversações urgentes com os governos estadual e federal.
Mais uma vez, abordamos problemas da nossa terrinha que, infelizmente, cai no colo do Prefeito eleito, este na qualidade de representante local, além de pedirmos apoio do ministério Publico estadual e federal para o tratamento da defesa da população.
OBS.: Se necessário temos mais de duas mil fotos e várias horas de filmagem que conseguimos para a elaboração de um projeto ecológico para a região, com vales que tornam a nossa micro-região na mais bela do Brasil, seja para a prática do esporte montain bike e, ou, visitas eco-culturais com hotéis-fazenda e outras casas de acolhimento.
Em breve ( o grupo ) estaremos divulgando um trabalho mais analítico e com maior riquezas de detalhes sobre as serras que compõem a SERRA DA JACOBINA e o que ela pode nos oferecer como micro-região.
Atenciosamente
Humberto Santiaago
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