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Uma abordagem policial comandada pelo delegado Felipe Neri, chefe da 19ª coordenadoria de polícia do interior (CORPIN), sediada em Senhor do Bonfim, na manhã desta quarta-feira, 6, prendeu o garimpeiro Silvaldo Pereira do Nascimento, 54 anos, conhecido popularmente com “bolinha”.

Segundo a Policia Civil, uma denuncia sobre um possível seqüestro, motivado por um ponto de garimpo, levou os policias para uma região de exploração de esmeralda chamado Cabra, localizada no Garimpo da Serra da Carnaíba, município de Pindobaçu. No local os policiais prenderam “bolinha” e apreenderam explosivos e uma arma.

No mandado de busca e apreensão que aconteceu por volta das 5h da manhã, os policias encontraram 206 bananas de dinamite da marca Dinapex (75 kg de explosivo), 100 espoletas modificadas, 200 espoletas intactas -, além de um rifle puma calibre 38, sem munição. Na apreensão dos explosivos a policia verificou que muitas caixas estavam com as etiquetas identificadoras de controle e origem dos explosivos violados.

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“Essas espoletas modificadas são de alto risco, inclusivo no manuseio, já acionamos o Exército e a Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados  da Policia Civil – para ver a destinação dos explosivos – ficando na delegacia todos nós corremos riscos. O material é muito perigoso e totalmente proibido por lei”. Disse Felipe Nery.

O delegado ainda em entrevista ao falandotudo.com – afirmou; “Seu “bolinha” não poderia guardar de forma alguma na sua casa os explosivos, o correto seria num paiol (local que se destina ao armazenamento de explosivos e/ou munições, de acordo com regulamentos). O garimpo dele está fechado pela justiça, não pode funcionar. Ele também não tem uma pessoa especialista que seja devidamente registrada para manusear este tipo de explosivo”. Falou o delegado.

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O advogado criminalista Marcos Rebouças em defesa do cliente deu algumas explicações para as versões da policia “Esses explosivos estavam no estoque, são explosivos que não estavam sendo utilizados, sem falar que não há nenhuma irregularidade com relação ao Blaster (especialista em explosivos), haja vista que, não foi encontrado nenhum preposto utilizando explosivos sem autorização. Sobre a arma apreendida Rebouças respondeu; “É uma arma registrada, pertence ao advogado José Américo, sócio do” Bolinha” desde 2011. A arma está devidamente registrada e com todas as especificações legais exigidas. Concluiu Marcos Rebouças.

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Silvaldo Pereira do Nascimento ”bolinha” foi preso durante a operação Vulcano III, ocorrida no início de dezembro ano passado, juntamente com outras 11 pessoas, por desobediência. Bolinha estava funcionando sem autorização o seu garimpo interditado pela justiça, por motivo do acidente ocorrido no dia 21 de abril de 2012, quando morreram cinco homens.

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Fotos: Hiago Torres e Polícia Civil

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