Bahia Itatim (Foto: Leandro Alves/ A Bahia News)
Bancos do interior têm sido alvo de quadrilhas
(Foto: Leandro Alves/ A Bahia News)

Três pessoas foram presas na operação Vulcano III, na cidade de Pindobaçu, norte da Bahia, nesta quarta-feira (5), suspeitos de armazenar explosivos de forma ilegal. De acordo com a Polícia Civil, as prisões ocorreram em uma cooperativa. As pessoas detidas são ligadas à empresa e também não apresentaram certificado de origem dos explosivos encontrados no local, além de adulterarem o sistema de explosão dos artefatos, segundo a polícia. A cooperativa foi interditada e lotes de emulsão explosiva que estavam na cooperativa foram apreendidos.

A cidade de Castro Alves, a cerca de 190 km de Salvador, foi alvo da mesma operação, feita em parceria com equipes do Exército. No local, foram apreendidos 750 metros de cordel detonante e duas espingardas artesanais em uma extratora de minérios. O dono da empresa não tinha o certificado de registro do Exército (CR), documento que autoriza o funcionamento da empresa. Por isso, ele foi indiciado por porte ilegal de armas e armazenamneto irregular de explosivos, informou a polícia. Dois funcionários da extratora foram conduzidos à delegacia da cidade para prestar esclarecimentos. Eles e o dono da empresa, que, de acordo com a polícia, se apresentou espontaneamente na unidade policial, foram ouvidos e liberados.

A Polícia Civil informou que a operação Vulcano III foi realizada também nas cidades de Simões Filho, Feira de Santana, Nazaré, Novo Horizonte, Senhor do Bonfim e Rio do Pires, com objetivo de combater o armazenamento e comércio irregular de explosivos e munições. A ação será realizada até a quinta-feira (6), quando deve ser divulgado um balanço final do trabalho.

Participam da operação 42 policiais civis da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC) e de quatro Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins), além de policiais militares, 12 profissionais do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, e agentes da 6ª Região Militar (Exército).

De acordo com informações do Exército, as cidades da operação foram definidas a partir de denúncias que que apontaram incidência de material explosivo nessas cidades com a intenção de ser usado em assaltos a bancos.

Assaltos a bancos
Somente na terça-feira (4), três casos de crimes contra agências bancárias foram registrados no interior da Bahia. Em dois dias foram contabilizados seis casos. Entre os meses de janeiro e início de dezembro de 2012, foram registrados 130 ataques a agências bancárias no interior e 29 em Salvador, segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Bancários do estado.

Entre as ocorrências, estão explosões em caixas eletrônicos (36); assaltos (53) e arrombamentos (48). Somente no mês de novembro, foram contabilizados 20 crimes contra instituições financeiras fora de Salvador.

G1 Bahia

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