Por Eudes Benício

Xingado de um lado, insultado do outro… Ele finge que está sozinho, mas pode abraçar quem o estapeou a qualquer momento. Coisas da política? É mesmo? E se for, para que lado, ponta ou aresta vai, afinal, Dr. Chiquinho?

O universo político é cheio de negociações, mudanças, reviravoltas, tudo bem. Mas chamou minha atenção a postura excessivamente indefinida do ex-prefeito de Campo Formoso, entrevistado pela 98FM, ao mostrar quais as cores de sua bandeira na disputa pela prefeitura.

Ouvi, li, reli, procurei um posicionamento firme e não encontrei. Ao mesmo tempo em que levantava a bandeira de uma possível (para mim improvável) candidatura própria, o Francisco baixava a guarda e avisava que ainda podia pender pra qualquer um dos lados. Andou em círculos, quase fiquei tonto.

O problema não é ele já ter sido verbalmente agredido por A ou B. Por interesses políticos, sabemos e vemos, passa-se com muita facilidade por cima dessas coisas e elas viram “besteirinhas”. Um dia eles se estapeiam e no outro já estão alí, trocando carícias. É feio, é estranho, é confuso, mas, digamos, tornou-se “comum”.

O que não achei coerente foi entender Dr. Chiquinho praticamente se colocando à venda. Parecia que ele estava ali abrindo a liquidação e avisado que quem chegar com a melhor oferta leva o produto: sua aliança. A tal candidatura própria e “independente”, que repito, não acredito, ficou com mais cara de fachada de quem não queria assumir que está à espera da proposta mais interessante ou de uma melhora no que já foi oferecido.

Ou seja, demorou a falar e quando falou, não disse muita coisa. O mercado está aberto. Quem dá mais?!

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Eudes Benicio Jornalismo/ Campo Formoso Noticias

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