Nesta segunda-feira (6), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) coordena a última etapa de treinamento dos profissionais que prestarão serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para agricultores familiares quilombolas do município de Campo Formoso (BA). A capacitação, que acontecerá na Escola Municipal Augusto Galvão (Praça Castro Alves, no Centro), segue até o dia 10. A partir daí, começa o trabalho em campo, que terá início ainda em fevereiro e beneficiará 2.640 famílias de 26 comunidades quilombolas do local. Os técnicos auxiliarão nas atividades produtivas e no desenvolvimento de projetos coletivos.
O treinamento dá continuidade à capacitação dos técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). A instituição foi contratada por meio de uma chamada pública do MDA no final de 2011, e colocará em campo 40 especialistas nas mais diversas áreas de atuação, dentre sociólogos, pedagogos, assistentes sociais e agrônomos. Os técnicos estão em treinamento desde janeiro. “Os encontros são essenciais para compreender melhor as especificidades das famílias quilombolas de Campo Formoso. Atuar junto a esta comunidade exige conhecimento da história do Brasil e respeito às tradições locais”, destaca o articulador da EBDA, Samuel Leite.
Em campo, os técnicos concluirão um diagnóstico da situação das famílias, tanto no aspecto social quanto econômico. Eles também vão levar aos quilombolas baianos informações sobre o Plano Brasil Sem Miséria – plano interministerial de erradicação da pobreza extrema coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). “O MDA tem iniciativas previstas dentro do Plano, como projetos de estruturação produtiva e distribuição de sementes de milho, feijão e hortaliças”, explica o diretor para Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira.
Ele acrescenta que os serviços de assistência técnica e extensão rural funcionam como uma troca de aprendizado e ajudam no desenvolvimento do país. “A Ater reforça o processo de produção das famílias. Assim como em outras comunidades quilombolas, em Campo Formoso vamos fomentar o processo de produção das famílias, além de avaliar sua situação de acesso à água, à energia e a uma série de políticas públicas que chegarão à região”, explica. Outro ponto levantado por ele foi a importância da receptividade das famílias. “Com mais aproximação da comunidade, os técnicos conseguem potencializar seu papel”, nota.
Fonte: MDA