Inquérito foi concluído no ano passado, mas encaminhado ao MP neste mês.
Polícia aguarda parecer do Ministério Público para efetuar as prisões.

Delegado diz que inqúerito do 'crime do ketchup' será concluído até a próxima semana (Foto: Reprodução/ TVBA)

O delegado Marconi Almino de Lima da cidade de Pindobaçu, a 400 km de Salvador, pediu a prisão preventiva dos três envolvidos no caso da ‘mulher ketchup’. De acordo com o delegado, o inquérito foi concluído no ano passado, mas devido ao recesso de final de ano, o pedido só foi encaminhado ao Ministério Público na sexta-feira (6).

Segundo Marconi, o suspeito de planejar o falso assassinato da mulher ketchup, Carlos Roberto, e a mulher que seria a vítima, Iranildes Aguiar de Arruda, foram indiciados por crime de estelionato, já que os dois induziram a mandante do crime, Nilza Pereira Simões, a erro e a extorquiram. O delegado informou que a pena prevista para estes casos pode chegar a cinco anos.

Já a mandante do crime foi indiciada por ‘denunciação caluniosa’, termo jurídico utilizado quando a pessoa faz uma denúncia falsa. A mandante prestou queixa contra Carlos Roberto alegando que ele a teria assaltado. Ela também deve responder por ameaça de morte, e, caso seja condenada a suspeita pode pegar uma pena de até nove anos, informou Marconi Almino de Lima.

Ainda segundo o delegado, Carlos Roberto está preso há cerca de um mês na cidade de Senhor do Bonfim após cometer furto e assalto na região. O delegado também informou que aguarda o parecer do Ministério Público para que as prisões sejam efetuadas.

O caso
A polícia de Pindobaçu, município a 400 km de Salvador, foi surpreendida com uma história inusitada a partir de uma queixa de roubo. Uma mulher teria procurado a delegacia da cidade alegando que R$ 1 mil teriam sido tomados durante assalto realizado um homem. Ao encontrar o suspeito, a polícia descobriu que o homem tinha sido contratado pela mulher para assassinar uma pessoa.

No entanto, em acordo firmado com aquela que seria sua vítima, o homem optou por não cometer o crime e decidiu encenar a morte usando molho de ketchup e uma faca. Em seguida, ele tirou uma fotografia da ‘morta’, entregou à mandante como prova da ação e recebeu o pagamento. A trama foi descoberta quando a mulher que deveria estar morta foi avistada pela mandante, na feira da cidade.

O caso aconteceu no dia 24 de junho e movimentou a cidade com pouco mais de 20 mil habitantes. Segundo o delegado Marconi Almino de Lima, o homem alegou que teria aceitado o serviço porque estava sem emprego e precisava de dinheiro. No entanto, ao perceber que a vítima era sua “conhecida”, resolveu bolar o plano.

Para dar mais realidade à fotografia apresentada como prova do crime, o homem levou a vítima para um matagal, amarrou seus braços e pernas e a amordaçou, além de inserir uma faca entre o braço e o peito da mulher, simulando um esfaqueamento. O ketchup serviu para forjar o sangue.

Fonte: G1

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