Carlos Brasileiro, Deputado Estadual licenciado e Secretário de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza do Estado da Bahia, foi entrevistado neste Sábado, na Rádio Caraíba, pelo repórter Walterley Kuhin, aqui, transcrevemos trechos da entrevista polêmica com grande repercussão regional. Brasileiro Iniciou citando o nome dos Prefeitos da região, continuou a sua apresentação fazendo uma homenagem ao Sr.Alan Sena Gomes, falecido na última Quinta-Feira, e em seu nome, estendeu as suas considerações a todos os homens bonfinenses; homenageou também as mulheres bonfinenses na pessoa da sua mulher Fátima Brasileiro que, segundo o mesmo, “a mulher que rompeu todo padrão elitista das primeiras damas “ que a antecederam, excetuando a Sra.Vera Costa, esposa do ex-Prefeito Jonas Costa, que teve um comportamento similar ao demonstrado pela sua esposa.


A empresa não existe? A empresa está lá – As acusações do Vereador Laércio Muniz contra a Secretária de Assistência Social e a suposta fraude no processo licitatório exaustivamente propagado pelo Vereador foi o mote inicial da conversa. Brasileiro iniciou explicando que segundo a lei de responsabilidade fiscal, as empresas que participam do certame não são obrigadas a ter endereço fixo na cidade, e ou, declarar o endereço das suas atividades corretamente, o que prevalece, segundo Brasileiro, são as certidões válidas. Para o Secretário, o Vereador Muniz é “preguiçoso e calunioso”, não “busca recursos para a cidade” e “não cobra do Deputado que ajuda comprar votos” obras e outros benefícios para o município. Eliton Felix, acusado pelo Vereador como o suposto “laranja” no esquema das coxinhas e do sal, segundo Brasileiro, o empresário tem comércio na cidade, residência fixa e o seu empreendimento está situado no endereço à rua Luiz Viana, conhecido como Campo do Gado,“a empresa está lá”, afirmou.


Da Bolacha quebrada com garapa à Coxinha com Iogurte – Indignado com as acusações feitas ao seu Governo, Brasileiro disse que desde 2001 as pessoas se alimentam nos programas sociais como PETI, Projovem e Casa dos Idosos, e hoje, os beneficiados tem uma alimentação melhor, “ hoje essas pessoas podem comer coxinha, pêra, maçã e iogurte, antes era garapa e bolacha quebrada. Agora as pessoas estão sendo respeitadas” .Brasileiro lembrou que durante a sua gestão os Vereadores da sua base apresentaram provas de desvio de dinheiro na gestão de Cândido Augusto, quando, empresas fantasmas eram contratadas para impressão de material escolar, “como eram empresas que não existiam”, o material nunca chegou ao município, assim como, denunciou que empresas fornecedoras de alimentos para escolas eram usadas apenas como fachada para desvio do dinheiro público.


O Lampião? A Lamparina?  – Brasileiro apresentou o resultado do parecer do TCM no processo 2537/2011, julgado improcedente, impetrado por Romildo Pamponet, diretor do Jornal O Lampião. Na leitura do parecer, que teve como relator o Sr.Antônio Onorato, confirmou a integralidade da utilização dos recursos públicos no programa Quilombola em Alto Bonito na localidade de Tijuaçu no valor de R$812 mil, assim como, a correta aplicação do certame licitatório. Sem citar o nome do diretor do Jornal, deixando subentendido, Brasileiro chamou o diretor de “fraco,pobre de espirito, pessoa mal amada e que nutre o ódio no coração”, foi além, afirmou que o diretor se diz “homem da imprensa”, mas precisa distribuir o jornal gratuitamente, pois, cobrando, ninguém compraria. Carlos Brasileiro também informou que essa é a terceira denúncia sem êxito feita por Romildo, “ Todos sabem de quem eu estou falando…O Lamparina”, finalizou em tom de desabafo.


Respeitem a minha esposa e a minha família!  – “ Ruim, mal amado, gostaria que ele lavasse a boca para falar de Fátima Brasileiro”, “quanto mais atacar mais eu tenho força”, “meu ídolo é Deus”, “rompemos com o imperialismo”; frases fortes ditas por Brasileiro em resposta ao Vereador Laércio Muniz,  fez uma analise entre o seu Governo e Governo anterior a sua gestão, disse que o “passado recente” não foi apagado da memória dos Bonfinenses, e chamou o modelo anterior de “Modelo arcaico, perverso, maldoso e corrupto”, continuou denunciando as práticas do Vereador durante a gestão a qual foi participe, disse que durante o Governo anterior ao seu houve emissão de notas falsas, emissão de cheques sem fundo,  “dividas absurdas” no montante de 16 milhões de reais, contratos fantasmas, empresas fantasmas e obras pagas com recursos públicos sem conclusão.  “Mentirosos, caluniosos, preguiçosos! Trabalhem! ”, essa foi a frase que deu inicio ao desabafo e o desafio à oposição, quando chamou para o debate de propostas em qualquer âmbito.    


Minha culpa! Sua culpa! – Sobre as acusações do Vereador quanto a falta de responsabilidade do gestor na obra do Mercado, Parque da Cidade e derrubada das casas na localidade de  Queimadinha, afirmou que a derrubada das casas não foi no seu Governo. Quanto à reforma no Mercado Municipal, obra no valor de R$1.200.000,00, Brasileiro disse que não foi a contento, mas afirmou que está bem melhor do que antes, e lembrou que há um prazo legal de cinco anos para o município requerer à empresa de engenharia que faça os devidos ajustes sem ônus aos cofres públicos, jogando a responsabilidade para o atual gestor, que tem a competência legal para agir. Brasileiro não falou do Parque da Cidade e disse que ajudará o Prefeito quando solicitado.


Vereador Mamadeira e o Carro chapa fria – Brasileiro disse que o Vereador Laercio Muniz na época anterior ao seu Governo tinha um faturamento aproximadamente 10 mil reais por mês, faturamento incompatível com a função de Vereador, o qual o salário, na época, era de apenas R$2.100 reais. Fez ilações ao suposto “enriquecimento” ilícito do Vereador com as locações de carros fantasmas, lembrou-se do “escândalo do DETRAN” quando afirmou que no período o diretor teria ligações com Laércio Muniz, e acusou o filho do Vereador de “ter saído às presas de Bonfim” com um “carro que era chapa fria”. Carlos Brasileiro afirmou que esses ataques são fruto de um ressentimento do grupo de oposição, acostumada a colocar no poder pessoas ricas, e que nunca aceitaram que a Prefeitura de Senhor do Bonfim fosse administrada por uma pessoa “filho de agricultor e de uma costureira”.


Paulo Machado. Nepotismo, empreguismo e falta de controle  – Carlos Brasileiro afirmou que mesmo sem entender o motivo real da saída de Paulo Machado do PT para o PP, julgou natural a atitude, afirmou que Paulo não tem uma ideologia contundente quanto à dele, por isso, a decisão não foi uma surpresa. Confessou que em determinando momento ficou indignado com Paulo Machado, e explicou relatando que tentou contato por telefone com o Prefeito antes da decisão de deixar o Partido, porém, as suas ligações não foram atendidas, o que julgou uma falta de respeito e consideração pelo trabalho dele e do grupo.  Mesmo sabendo que o Governo de Paulo Machado não estava seguindo o projeto do PT, Brasileiro afirmou que sempre o defendeu, e condenou a desculpa da saída do Prefeito pela suposta desavença interna. Acusou o Prefeito de nepotismo, empreguismo e má gestão, quando citou que em determinando momento teve que contrariar alguns ideais e procedimentos inertes e indissolúveis no PT para tentar ajudar nos ajustes no Governo. Carlos Brasileiro apresentou uma pesquisa recente, sem citar a empresa ou o nome dos demais pesquisados, disse que 64,8% do povo de Bonfim acredita que o PT ainda é o melhor partido para governar a cidade. Quando a pesquisa induzida apresenta candidatos, Brasileiro afirmou que tem 46% da opinião, seguido por 21% do segundo avaliado e 18% do terceiro. Quando questionado sobre nomes para a composição da base do PT, Brasileiro citou: Paulo Braga (PDT), Zé Antônio e Gustavo (PCdoB), Ivan Barbosa(PT), Jairo Sá (PT),George Dionísio(PT), Rita Braz (PT), Antonio Campos e Zé Ranulfo (PSB) e outros companheiros que comungarão do mesmo projeto.

 

Carlos Brasileiro apresentou uma relação de ações que ajudarão no desenvolvimento regional, não descartou a possibilidade da sua candidatura a Prefeito de Senhor do Bonfim, disse que vai lutar pela unidade, falou da sua contribuição como Secretário de Estado, e finalizou afirmando que se defenderá sempre que a sua honra, ou a honra da sua família for atingida.

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